Para economista, um próximo presidente eleito que consiga avançar uma agenda reformista pode garantir um ciclo de crescimento da economia acima da expectativa
O mercado econômico - assim como todos os brasileiros - acompanha ansioso os desdobramentos das próximas eleições presidenciais. Para o economista Ricardo Amorim, o crescimento da economia pode acelerar caso o próximo presidente eleito seja capaz de avançar na reforma previdenciária e tributária. “Neste cenário, o Brasil vai crescer muito mais do que as pessoas estão imaginando, porque foi o que aconteceu nas saídas de todas as crises econômicas”, afirma.
Crise econômica já ficou para trás
Segundo Amorim, a crise econômica já ficou para trás. “Nos últimos sete trimestres, o PIB brasileiro cresceu um pouco, apesar do cenário político extremamente conturbado”, diz.
Quanto às eleições presidenciais e a capacidade dos candidatos de concretizar as reformas que julga necessárias para a competitividade à economia, Amorim aponta dois cenários distintos.
O ponto em comum entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) é a dúvida de como será a relação de um governo de esquerda ou direita com o Congresso, que é predominante de centro.
“A eleição de Haddad significa que o dólar deve chegar próximo aos 5 reais e uma forte queda das ações”, afirma. O petista deve ter uma reação parecida com a do ex-presidente Lula que, em 2002, convocou o então banqueiro, Henrique Meirelles, para certificar a aplicação e manutenção de políticas econômicas sólidas.
Já em relação a Bolsonaro, Amorim aposta na dinâmica inicial invertida, com a euforia por parte dos mercado financeiros. “O dólar deve cair bastante só com o resultado da eleição. A dificuldade do Bolsonaro está na linha contra o Congresso que ele adota. Sem apoio não é possível aprovar uma agenda reformista".
Para ele, a saída seria fazer uma aliança com o Centrão, que é maioria, colocando em risco sua atual base eleitoral. "Então a dúvida é depois da euforia, o quanto ele vai se sustentar”, comenta.
Amorim participa da plenária de abertura da 15ª Fenalaw no próximo dia 24
O cenário econômico e político e o que esperar da nova gestão nacional serão temas discutidos pelo economista Ricardo Amorim durante a Fenalaw. Amorim acredita que a importância do evento está na troca de informações e análises entre os participantes. Por consequência, isso repercute em tomadas de decisões mais assertivas com resultados melhores.
A Fenalaw será realizada de 24 a 26 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. O evento reunirá mais 4.500 profissionais de departamentos jurídicos e escritórios de advocacia de todo o país.
Ao todo, serão 1.500 congressistas, em 8 auditórios simultâneos e aproximadamente 270 palestrantes durante os três dias de evento. Também serão mais de 60 marcas expositoras distribuídas em um espaço exclusivo. Venha conferir a demonstração e o lançamento de produtos, serviços, soluções e novas tecnologias para o setor.